sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Prisão de alienação

Os muros que me cegam a percepção, são muralhas

De onde absorvo migalhas do pão que o diabo amassou

Ahhh esse diabo é tinhoso
manhoso
engenhoso

Engole até abacate, sem nem cuspir o caroço

Junto com um gole de água do poço

E sem ninguem perceber faz girar o ciclo vicioso

Engole e defeca, adubando o solo para trigo e joio

Igredientes que fazem crescer a massa desse pão duro como osso

E lá vem ele que esse novo pão engole de novo

Presciso sobreviver com as migalhas desse pão venenoso

E vem você em tom jocoso e me pergunta:

- Quem é esse ser tão maldoso?

É o "sistema" que te jogou no poço

E num gole te bebe junto com fruta e caroço

- Não ve amigo adubo?

E já nem sei mais

O que é o que

Quem é quem

SÓ SEI QUE ALIENADAMENTE TUDO SEI

É tudo ciclo vicioso.



Verônica Pinheiro




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